Cidade Santos

Mulheres da Baixada Santista fazem “cordão” na divisa de Santos e São Vicente no dia 7 de março

Por Cidinha Santos

Representantes dos diversos coletivos, organizações, entidades e partidos políticos participam da concentração a partir das 9h30, na Divisa. O ato terá como tema “Mulheres trabalhadoras em luta! Por vida digna, vacina, emprego e moradia. Fora governo genocida!” Atividades acontecem em todas as cidades da Baixada Santista

Neste ano, o ato marcha regional do Dia Internacional de Luta das Mulheres será no dia 7 de março, a partir das 9h30, com o tema “Mulheres trabalhadoras em luta por vida digna, emprego e moradia. Fora governo genocida!”. O ato ocorrerá simultaneamente nas diferentes cidades da Baixada, sendo que Santos e São Vicente se unirão para realizá-lo na Divisa.

A pauta feminista é cada vez mais necessária, pois os direitos que essa luta conquistou são muitas vezes ameaçados ou retirados pelo atual governo federal e estadual. O investimento em saúde e em serviços de proteção à mulher diminuiu, em consequência da EC 95/2016, e Dória anunciou este ano um corte da verba da saúde. Bolsonaro, por sua vez, se omitiu durante toda a pandemia e o Brasil segue sem vacinas suficientes e sem os materiais básicos para aplicação destas. Embora em vários países as leis sobre o aborto tenham sido aprovadas, percebemos um endurecimento ainda maior aqui no Brasil, como observam as organizadoras da atividade. As mulheres enfrentam ainda o pedido de revogação da Lei de Alienação Parental (a lei atual tem servido para proteger os filhos de pais abusadores).

O que isso tem a ver com o feminismo? Esse cenário trouxe mais problemas para as mulheres, que continuam se desdobrando para cumprir todas as tarefas domésticas e de cuidado, além de enfrentarem os desafios no trabalho: continuar trabalhando presencialmente e se expor à covid-19, se adaptar ao home office ou fazer parte dos 14 milhões de desempregados brasileiros. Como se não bastasse, houve o aumento do feminicídio e a diminuição de denúncias sobre violência doméstica que, segundo especialistas, apontam para a dificuldade em denunciar esta violência (e ter que seguir convivendo com o agressor) em meio ao isolamento social.

Este ato denuncia, ainda, o aumento do assassinato das pessoas trans e o extermínio da população pobre e da juventude negra. As organizadoras do ato também se posicionam contra a volta às aulas e defendem uma renda básica de 600 reais enquanto houver a pandemia (sem usar a verba da Educação e do SUS para este fim) e vacinação pelo SUS para todas, todos e todes.

A pandemia evidenciou ainda mais o abismo em que vivemos, pois mesmo com a crise do coronavírus, uma parcela muito pequena da sociedade aumentou absurdamente sua fortuna, enquanto milhares de pessoas foram jogadas na miséria, passam fome e não tem moradia. Ainda, após o descobrimento das vacinas, indústrias e países desejam lucrar com a sua produção e rejeitam a proposta da quebra da patente (que possibilitaria produção da vacina em grande quantidade e em diversos países).

Como salientamos, o ato quer mostrar a sociedade desigual, própria do sistema capitalista patriarcal, machista e racista que destrói o corpo, a alma e os recursos naturais para lucrar cada vez mais.

Locais onde acontecerão atividades no dia 7 de março

• Santos e São Vicente: Divisa

• Cubatão: Feira da Vila Natal

• Vicente de Carvalho: 10 horas, na Rua Joana de Menezes (Rua Oliveira)

• Praia Grande: Praça da Paz (conhecida como praça das cabeças)

• Itanhaém: Praça próximo à feira do Oásis (“varal da vergonha”, denunciando a violência contra a mulher, os casos de estupro)

Locais onde acontecerão atividades no dia 8 de março

• Guarujá: 12 horas -Concentração ao lado da Igreja Matriz de Guarujá e ida a frente à Delegacia da Mulher (R. Washington, 227 – Vila Maia, Guarujá) com realização de ato silencioso

• Peruíbe: abraço simbólico na Casa de Acolhimento à Mulher vítima de violência (R. Rosa Gati Fortuna, 83 – Centro)

Acesse a página:

https://www.facebook.com/8M2021UNIFICADOBS/

Sobre o 8 de março – data de luta e resistência

O 8 de março, Dia Internacional da Mulher, é uma data histórica de resistência e luta pelos direitos das mulheres. Sua história vem de longe! Em 1910, mulheres reunidas na Conferência das Mulheres Socialistas, na Dinamarca, decidiram criar o Dia da Mulher, na ocasião não foi definida qual data seria – o mês de março foi escolhido sem um motivo específico. No dia 23 de fevereiro de 1917, pelo calendário russo que corresponde ao dia 8 de março no calendário ocidental, mulheres tecelãs da Rússia começaram uma greve que marcaria definitivamente uma mudança nos rumos da política do país, sendo o estopim para a primeira fase da revolução Russa. Em 1921, a Conferência das Mulheres Comunistas, realizada em Moscou, adotou o dia 8 de março como data unificada do Dia Internacional das Operárias. Desde então, as socialistas passaram a divulgar o 8 de março como data internacional das comemorações da luta das mulheres.

NAS ATIVIDADES SERÃO RESPEITADOS TODOS OS CUIDADOS DE DISTANCIAMENTO, USO DE MÁSCARA E DE ÁLCOOL EM GEL

 

 

 

 

 

 

 

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