Ecologia urgente Seções

Consumo de animais selvagens pode desencadear novas pandemias

Estudos alertam que o tráfico de animais selvagens e o consumo da carne destes animais é tão perigoso para os seres humanos quanto para os animais

Especialistas apontam que o consumo da carne da animais selvagens pode levar ao surgimento de novas doenças zoonóticas e pandemias. Segundo o portal britânico The Mirror, a quantidade de carne de animais exóticos contrabandeada e comercializada ilegalmente no Reino Unido vem dobrando desde 2015. Autoridades alfandegárias apreendem anualmente milhares de quilos de carnes de animais selvagens vindas de diversas partes do mundo.

Estudos alertam que o tráfico de animais selvagens e o consumo da carne destes animais é tão perigoso para os seres humanos quanto para os animais, considerando questões sanitárias e a possibilidade de doenças serem transportadas na carne. Em uma entrevista ao The Mirror, o Dr. Ben Garrod, professor de Biologia Evolutiva e Engajamento Científico da Universidade de East Anglia, na Inglaterra, afirma que um novo surto epidêmico possa surgir no Reino Unido.

“Embora essa pandemia global tenha começado em Wuhan, é possível que a próxima comece em Londres ou Washington. Atualmente, carne animal e partes do corpo estão sendo transportadas ilegalmente em todo o mundo. As companhias aéreas e as agências de fronteira são ótimas para impedir que pessoas, drogas e armas sejam contrabandeadas. Mas aqui estamos com algo mais fundamentalmente perigoso do que qualquer ato de terrorismo ou desastre natural”, disse.

E completa: “No entanto, é permitido que ocorra em grande parte sem controle. Até que aqueles que transportam produtos de origem animal internacionalmente sejam interrompidos, veremos primatas, pangolins e outros animais exóticos em perigo entrando no Reino Unido, Europa, EUA e Ásia. A menos que isso pare, veremos mais epidemias e mais espécies em declínio”. Ele recomendou testar a carne para garantir sua segurança e legalidade antes de transferi-la entre países”, concluiu.

 

Fonte: ANDA

 

Compartilhar