Por Celso Barbieri.
De Londres para o B.F.
Nas minhas pesquisas para meu novo livro que se chamará O Sonho de um Roqueiro Socialista, fui reler o livro que ganhei de presente do lendário político Ricardo Zarattini.
Nós dois, éramos do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Ele saía para Deputado Federal e eu para Deputado Estadual. Tinha cedido a casa em SP, no bairro da Barra Funda, onde morava para sede da nossa campanha.
Zarattini sabendo do meu interesse pelo Partido Verde alemão e do meu fascínio por Petra Kelly, a líder deste partido, presenteou-me com uma cópia do livro “O Verde que Violentou o Muro” escrito por Ignácio de Loyola Brandão.
Então, lendo novamente este livro, um trabalho jornalístico, uma mistura de diário de viagem às vezes, contendo elementos de poesia concretista, num diálogo quase contemporâneo, nos descreve suas experiências de um brasileiro em Berlim.
Como escritor, Loyola Brandão tinha ganho uma bolsa especial, um prêmio, para passar um ano em Berlim com a missão de escrever um livro. No final ele escreveu dois: “O Verde que Violentou o Muro” e “O Beijo não Vem da Boca”.
Foto: Ignácio de Loyola Brandão
Então, recomendo a todos que leiam este livro que além de, no estilo de escrita, ser bem inovador, relembra um tempo que rapidamente está desaparecendo da memória da maioria do nosso povo que vive mais preocupado com leituras contendo menos de cinco linhas.
Bom, nesta pesquisa, encontrei no YouTube, esta palestra dada pelo próprio autor (chequem abaixo) onde, ele comenta sobre sua experiência nesta cidade onde o Muro de Berlim era uma constante. Num dado momento da sua palestra Loyola Brandão compara Berlim com uma Brasília isolada pelo pelo Golpe Militar que instaurou a Ditadura no nosso país em 1984.
Se você já morou no exterior, provavelmente, de alguma forma, se identificará com a história e se nunca morou terá uma idéia de como poderá ser esta experiência.
Tenham um bom dia! 📷:-)
