A minha vida mudou desde 1977, quando eu construí um Trimarã (barco a vela de três cascos) que se tornou um museu indígena flutuante, em Blackpool, minha cidade natal, próxima à Liverpool, onde nos anos 60 eu tive um Pub que promovia concertos de rock ao vivo, entre os quais o dos Rolling Stones ainda iniciantes. Também frequentava lá meu amigo querido e inesquecível, John Lennon. Este Trimarã, por ter 3 pontas e um desenho muito parecido ao bat-carro e bat-lancha do Batman, me rendeu muitas brincadeiras. Batizei-o de “Survival”, uma vez que já dei 3 voltas ao mundo, passando pelo Caribe, Brasil, Argentina, África, Índia, Austrália e ilhas do Pacífico, onde levo no porão um verdadeiro museu de peças indígenas do Amazonas (Funai), que vendo e retrabalho artesanalmente, algumas vezes. Em cada porto que paro, denuncio na imprensa os prejuízos ambientais e a agonia dos povos indígenas e originários, em todo o Planeta.
Como disse, sou inglês de Blackpool, mas descendente de cigano e mãe irlandesa, por isto esta minha sede de aventuras e viagens. Meu barco eu mesmo o construí e reformei, com material sintético e de fibra, e, como ele é chato e com janelas que fecham hermeticamente, nas grandes tempestades ele flutua sobre as gigantescas ondas, que muitas vezes lambem o barco por cima, mas ele nunca vira, é muito seguro.
Já fomos capazes de parar a barragem de Belo Monte (há três décadas atrás) e, embora esteja totalmente construída, paramos a barragem do Rio Tapajós, na Amazônia, por algumas semanas. Quanto tempo podemos mantê-la parada depende do poder da minha voz e as pessoas que eu posso alcançar em minha campanha para impedir a construção de 60 barragens. Minha campanha para parar barragens inclui a proibição de grandes hélices de barcos na Amazônia e no Pantanal Matogrossense, pois trucidam muitos animais marinhos e terrestres que nadam, por estas denúncias cheguei a ficar preso um mês no Mato Grosso do Sul, nos anos 90’.
Eu tive outras realizações. Parei a pesca com dinamite e explosão em Aratu – próxima a Salvador, Bahia. Muito do meu trabalho pode ser conferido no Amazonialeaks. Além disso, fui eleito um dos 10 principais ecologistas ativos. Recebi diversos outros prêmios como o “Chico Mendes”, concedido em 1992 pelos ecologistas de Rosário, Argentina – outorgado pelo Club Argentino Brasileiro/ Verde América. No meu site pode-se ver uma pequena seleção dos vídeos que fiz para proteger o planeta, e ainda outros vídeos de entrevistas e filmes que participei.
Estamos protegendo a Terra do aquecimento global e nosso planeta também está sendo destruído pelo corte de todas as árvores e construção de barragens, que é como bloquear as veias da Mãe Terra.
Eu não trabalho com doações, embora também sejam úteis. Eu consigo recursos com a venda de jóias, que faço com minhas próprias mãos, com a escrita de livros, massagens, mergulho e pintura.